Vou tentar escrever um tratado para ser feliz, resolver pendências, aquietar o coração. Difícil. Trabalho de Hércules.
Você tenta, cai, levanta, cai de novo...
Rala o joelho e segue em frente.
As lágrimas continuam rolando face abaixo, mas você vai.
A opressão continua, mas você segue em frente.
O amor retrocede, mas você persiste e vai em frente.

E por que???
Porque acredita na sua força, no seu ideal ou simplesmente, porque todo mundo pode e merece ser feliz. Mais do que simplesmente, ter vontade.
Abraçar o céu e rodopiar feito uma tola, com o sol azul aquecendo todo o seu ser, aquecendo sua alma.
E você sempre vai ter uma chance.
Mínima que seja, mas ela estará ali.
E você tem ainda amigos.
E os amigos, são a família que na gente escolhe. A dedo.
E eu fico pensando nos nossos amigos de infância, aqueles com quem a gente convivia e partilhavam de tudo e onde tudo era possível.
Quando as coisas pareciam tão longínquas, num mundinho em que a gente estava protegida e abrigada junto do papai e da mamãe...
Quando a gente cresce, perde junto com a infância e a inocência a capacidade de sonhar o impossível, já que o impossível então é logo ali.
É muito difícil sim. Eu sei.
Aprendi a duras penas e não quero perder a criança que habita em mim.
Este meu jeito meio Peter Pan que se recusa a crescer (não no sentido do mundo real), mas aquele que não abre mão da fantasia...